Se não tivesse cesto de lixo eu entenderia. E mesmo que aquela lata não fosse tão atraente, ainda podia receber a sujeira.
Eu sentei numa cadeira no fundo da sala, a mesa estava quebrada, mas a equilibrei entre os suportes e torci pra que um acidente não acontecesse, pois não havia outra. Notei que a parede estava com o reboco saindo, aliás toda a parede estava esburacada. Olhei pro teto e o ventilador estava retorcido, fiquei dois segundos imaginando o que pode ter acontecido pra ele ficar daquele jeito. Era um mistério e tanto. em outra sala era o fio da lampada que ficava a altura de nossas cabeças.
Havia mais casquinha de bala no chão que alunos na sala.
O quadro se repete na sala seguinte:
Os alunos brigavam entre si, sopram pó de giz na cara um do outro. Em outra parte da sala um aluno batia no outro com a garrafa de água, que estourou respigando no chão, junta-se a isso a sujeira perene no chão, virou uma lama!.
A professora tenta fazer a chamada por cima do barulho incessante.
O cenário era o mesmo apesar do rosto diferente dos alunos, carteiras caindo, gritos e gargalhadas.
Essa sala em questão fica ao lado do banheiro que imagino não ser um exemplo de limpeza, a comparar com a sala...
Havia moscas e mosquitos girando o tempo todo no ar...
Havia o cheiro constate de salgadinho de queijo e reparei no rosto deles o farelo. Agora some esse cheiro à sala quente e bafada e as moscas e mosquitos.
É preciso mais que força de vontade de vencer, pra superar todo esse quadro e estudar.
É fácil dizer que o aluno é bagunceiro, a bem da verdade, ele está apenas respondendo a altura do que está sendo oferecido.
E, por outro lado o professor dar aula num ambiente mais que inóspito.
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